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ATLAS DE PORTUGAL

UM PA�S DE �REA REPARTIDA

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Raquel Soeiro de Brito

CLIMA E SUAS INFLU�NCIAS

Elementos clim�ticos

O tempo de uma regi�o varia n�o s� ao longo do ano, em consequ�ncia do movimento de transla��o da Terra em torno do Sol, como ao longo do dia, devido ao seu movimento de rota��o; para al�m desta variabilidade c�clica, h� que contar com varia��es n�o peri�dicas, por vezes de origem muito complexa. S� dois exemplos: a varia��o de intensidade da radia��o solar e a da transpar�ncia da atmosfera terrestre, a qual pode ser provocada por grandes erup��es vulc�nicas e, numa escala menor, pela latitude, dist�ncia ao mar, posi��o nos relevos, exposi��o aos ventos dominantes e, at�, embora com um peso bem menor, pela interfer�ncia do homem, como � o caso do chamado efeito de ilha urbana provocado pelas grandes cidades. Num mundo em que o turismo atinge foros de importante actividade econ�mica, o conhecimento do clima torna-se cada vez mais necess�rio tanto para a obten��o de informa��o o mais precisa poss�vel do estado m�dio – e valores extremos – do tempo numa dada �poca do ano, como para a escolha da localiza��o das esta��es tur�sticas.

As condi��es gerais da circula��o atmosf�rica provocam uma sens�vel diminui��o da precipita��o anual de norte para sul do Continente, refor�ada pela assimetria orogr�fica; a barreira de relevos no Norte e o afastamento do litoral provocam menor queda de chuva no interior, notoriamente na rede hidrogr�fica, muito encaixada, do Douro.

Temperatura média do ar anual; Precipitação >= 1mm; Insolação anual

Notar a influ�ncia da latitude, altitude e afastamento do mar na distribui��o dos elementos clim�ticos.

Precipita��o total anual

Em paralelo com a distribui��o da chuva encontra-se a distribui��o do n�mero de dias com precipita��o igual ou superior a 1 mm e, em sua oposi��o, os valores da insola��o – n�mero de horas de sol descoberto acima do horizonte – que atingem, no Algarve, 3 100 horas, dos maiores valores da Europa.
A temperatura m�dia do ar evolui em sentido contr�rio ao das chuvas, ou seja, aumentando de norte para sul onde as amplitudes t�rmicas s�o maiores; evolu��o id�ntica se nota entre as temperaturas ao longo do litoral – sempre mais amenas e as do interior com muito maiores amplitudes t�rmicas. As �reas montanhosas do Norte mant�m-se como ilhas de frescura ao longo dos meses de Ver�o e no Inverno atingem as temperaturas mais baixas sendo relativamente alto o risco de geada, praticamente desconhecido a sul do Tejo e em todo o litoral.
A humidade relativa tem uma distribui��o regional pouco marcada de Inverno e uma diminui��o acentuada, paralela ao litoral, nos meses de Ver�o.
O vento, ou movimentos horizontais de massas de ar, � outro elemento de clima que interfere muito directamente com o sentimento de conforto sentido pelo Homem; e nele, tamb�m, se encontra uma diferencia��o entre o interior do Pa�s, onde as direc��es e intensidades s�o vari�veis, em correla��o importante com o relevo e seus alinhamentos; e o litoral, onde s�o bem marcadas as direc��es norte e noroeste.
As frentes separam massas de ar de densidades diferentes; pela sua posi��o, em especial o Continente e o arquip�lago dos A�ores est�o mais sujeitos � passagem de frentes no Inverno do que no Ver�o; ainda devido � posi��o, esporadicamente, o Continente e a Ilha da Madeira podem ser atingidos por poeiras oriundas do Sara.
Da rela��o entre os v�rios elementos de clima obt�m-se os �ndices de conforto bioclim�tico, atrav�s dos quais, uma vez mais se nota, de uma maneira geral, o contraste entre o Norte e o Sul. Outra medi��o menos frequente, mas essencial pela repercuss�o em duas actividades importantes – a pesca e o turismo – � a da temperatura da �gua do mar � superf�cie, junto � costa que, tal como em terra, aumenta de norte para sul e cuja m�dia varia entre 12,3�C, no m�s de Janeiro, em Leix�es, e 21,4�C, nos meses mais quentes (Julho e Agosto), no Cabo de Santa Maria; mas, tal como noutros indicadores, notam-se algumas diferen�as ao longo dos anos; por exemplo, em Leix�es, entre 1956 e 1999 registou-se uma significativa “tend�ncia crescente de cerca de 0,04�C/ano”.
Para al�m desta distribui��o normal dos elementos clim�ticos b�sicos, verificou-se, pelo estudo de s�ries longas de valores registados nas esta��es meteorol�gicas mais significativas do Continente, “que o aumento [actual] da temperatura m�dia do ar ocorre em todas as esta��es [do ano], sendo maior no Outono/Inverno do que na Primavera/Ver�o... e que a [tend�ncia] da taxa de aumento da temperatura m�dia anual do ar, 0,0074�C/ano, � semelhante � da m�dia global calculada para todo o planeta”.

Precipita��o e temperaturas
Clima e suas influ�ncias

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